quarta-feira, 11 de julho de 2007

A Flor da Esteva

A Esteva (Cistus ladanifer L.) é a planta mais abundante na Serra Algarvia, sobretudo nos solos pobres e muito pobres, não calcários. É um arbusto que chega a atingir dois metros de altura ou mais. Muito resistente a temperaturas extremas e a longos períodos de seca, é considerada uma planta pirófila (piros=fogo + filos = amigo), (se a palavra não existia passou a existir), porque, depois de um incêndio, a seguir às primeiras chuvas é das primeiras a germinar, cobrindo o solo com um denso tapete de pequenas plantas verdes e assegurando a ocupação de todo o espaço.

Floresce abundantemente na Primavera. As suas flores, de um branco neve, modificam o tom da paisagem serrana. As pétalas, cinco, têm na base uma pinta de cor 'vermelho-tinto', mas também as há totalmente brancas. As de cor púrpura, são usadas em jardins.


O mel de esteva tem um sabor próprio.


Depois das chuvas as folhas cobrem-se com uma espessa camada de verniz (ládano, daí o nome botânico) que impede a transpiração e reflete parte da radiação solar. Este verniz era utilizado em medicina, mas, presentemente, é usado sobretudo em perfumaria. Este verniz é lavado pelas chuvas e diz-se que tem propriedades herbicidas, isto é, impede a concorrência de outras plantas à sua volta.

O fruto da esteva é uma cápsula redonda com pedúnculo 'bailarota' que, apertada entre os dedos médio e pulgar, é posta a rodar como um mini-pião.
A madeira de esteva é muito rija e era muito usada para aquecer o forno para cozer pão, ao qual, diz-se,
atribui um aroma muito especial.

3 comentários:

Anónimo disse...

Muito interessante este post sobre a flor da esteva. Já aprendemos mais algumas coisas úteis e bonitas.
É engraçado - pelo menos, assim se tem passado comigo -, à medida que o tempo nos leva na idade, vamos entendendo melhor e amando cada vez mais a Natureza...
Confesso que o amor pelas plantas e pelas flores me foi despertado por minha mulher.

Esta descrição, abalizada, científica e promenorizada, da flor da esteva, não beneficiou dos conhecimentos da cara-metade...?

Continua (continuem) a mostrar coisas lindas.

Lamentamos a venda da casa do Ti Zé Moleirinho. Temos pena de não termos lá ido, por ocasião do encontro na Fonte Ferrenha.
Devia ter um encanto especial, pela forma como te referes a ela.As casas têm sempre a sua história e o seu pulsar, são como seres vivos.
A vista é soberba, pelo que se alcança da fotografia!


Um abraço!
J.e N.

Luís disse...

Olá Jorge & Neli.
Bom dia.
Mais uma vez obrigado pela visita
e pela amabilidade.
Voltem sempre,
com um abraço,
Luís

Unknown disse...

ola!

vai descobrir a cena (lix�via) do Loendro, Neriun oleader, Loendro para os amigos!